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     A agroecologia não é um conceito fechado. Trata-se de um conjunto de práticas que buscam reverter as consequências do modelo destrutivo de agricultura adotado nas últimas décadas pela sociedade. Por que não resgatar conhecimentos dos nossos antepassados, em conjunto com novas tecnologias, para criar um sistema mais harmônico entre o ser humano e a natureza (já que boa parte de nós se esquece de que também somos natureza)?


     A grande sacada da Permacultura (agroecologia) é ir muito além do aumento de produção, mas também manusear estrategicamente os recursos naturais necessários, como o solo, a água, os animais, as plantas e o ar para que esses continuem preservados daqui para frente. Além da valorização da cultura e sabedoria popular, é indispensável a relação mais próxima entre consumidor e produtor para que exista a admiração e o reconhecimento de ambas as partes. É o caminho para um futuro com qualidade de vida para todas as partes, garantindo vida para as próximas gerações.


     E porque ainda não extinguimos o modelo exploratório e migramos para agroecologia? Por muitos fatores que eu poderia passar o dia escrevendo. Mas a boa notícia é que podemos incentivar essa forma mais justa de lidar com a terra simplesmente prestando mais atenção ao nosso próprio consumo. Compre alimentos em feiras orgânicas, conheça os produtores, prefira frutas e verduras da estação, se junte com seus amigos e crie grupos de consumo consciente. Consumir é um ato político.


     Essa linda estufa de morangos fica no Centro Paranaense de Referência em Agroecologia, pertinho de Curitiba, em Pinhais. O Centro é um espaço de estudos e práticas focados no bem-estar de todos os seres vivos. Tem como missão comunicar, promover e apoiar ações de capacitação, pesquisa, ensino e articulação entre pessoas e organizações, voltadas à produção agropecuária e ao consumo sustentáveis, baseados nos preceitos da agroecologia.


     O maior problema e desafio em relação à produção agrícola para a sociedade atual é manter um equilíbrio sadio dessa produção com crescimento socioeconômico e a proteção ambiental.


     As pressões populacionais, inovações tecnológicas de extração dos recursos naturais, conflitos éticos, econômicos e sociais, os movimentos migratórios, a exploração irresponsável de Governos Nacionais e Transnacionais, têm levado a exaustão dos recursos naturais não renováveis, locais e globais. Do ambiente ecologicamente equilibrado e sustentável, a curto, médio, longo prazos dependerá a qualidade de vida da humanidade, atualmente, e da sobrevivência das gerações futuras.


     É possível minimizar os impactos negativos ao meio ambiente, promovendo-se, no meio rural, o aumento da biodiversidade de sistemas e adequado uso de tecnologias ecológicas, consolidando processos produtivos agropecuários.